Rodoviários cogitam greve na capital após impasse em negociações

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Na manhã desta terça-feira (14), rodoviários e empresários do setor se reuniram novamente para uma rodada de negociações na sede da Íntegra, localizada próxima ao Shopping da Bahia, na Avenida Tancredo Neves. Contudo, o encontro não resultou em acordo entre as partes.

Uma das novidades deste novo diálogo foi o aumento no reajuste oferecido pelos empresários, representados pelo diretor da Setps, Jorge Castro, que passou de 1,3% para 1,24% nos vencimentos mensais da categoria. Entretanto, a proposta foi rejeitada pelos sindicalistas, que argumentam que o percentual “não chega nem na metade da inflação”.

“Os empresários continuam a menosprezar os trabalhadores com uma proposta de aumento de 1,24%, que não alcança sequer metade da inflação, e com uma proposta indecente de retirada de direitos dos trabalhadores. Portanto, recusamos a proposta, nos retiramos da mesa de negociações e agora vamos reunir a diretoria”, declarou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, vereador Hélio Ferreira (PCdoB), em coletiva de imprensa após a 10ª rodada de negociação.

“Ao considerar o aumento da tarifa e o subsídio concedido aos empresários do setor, esperávamos que a campanha salarial de 2024 fosse mais favorável para as negociações, mas os empresários adotaram uma postura desrespeitosa em relação aos profissionais que contribuem com seus lucros e movimentam esta cidade”, complementa o comunicado divulgado no Instagram do sindicato.

Sem chegar a um consenso, os sindicalistas programaram uma nova reunião interna para a tarde de quarta-feira (15), na sede do Sindicato, localizada no bairro do Matatu, onde discutirão a possibilidade de deflagrar uma greve geral dos transportes públicos na capital baiana.

Os trabalhadores não descartam a realização de passeatas, paralisações temporárias e atrasos nas saídas dos ônibus como forma de pressionar os empregadores. Entre as demandas levantadas pela categoria estão a campanha salarial, o reajuste no ticket de alimentação e o fim do assédio moral promovido pela diretoria da OTtrans.

O próximo encontro entre os trabalhadores e empresários deverá ser mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

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